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Nunca esquecerei o dia em que partiste.
Nesse dia decidi virar a página, mudar de linha, colocar um ponto final nesta relação retórica.
Teria sido tudo tão mais simples se nunca tivesses voltado! Aquela mágoa da partida sem um “adeus” trouxe consigo uma falsa segunda oportunidade.

“Tudo será como sempre foi”
A credibilidade das palavras de um homem arrependido é semelhante à de um político em tempo de eleições. Tinha a plena consciência que era o fim e por isso empenhei-me em terminar a nossa história com um ponto de exclamação.
A distância e o tempo podem ser bons aliados para esquecer alguém mas se não existir força de vontade trata-se de uma tarefa quase paradoxa.

Aproximava-se o fim do ano e o início de um novo e com esta época vem incutido o espírito de renascença, o “começar de novo”, o “seguir em frente”. Tinha esperança de te encontrar nessa noite e fazer as pazes contigo, comigo e connosco. Planeei palavra por palavra e nessa noite o destino concebeu-me o privilégio de conseguir o que havia planeado.
É impressionante como alguém, em segundos, com sete palavras consegue calar três parágrafos programados há dias: “Gosto de ti, gosto muito de ti”. Se no minuto antecedente eu achava que estava pronta para virar a página, nesse instante percebi, imediatamente, que não.
Essa primeira noite do ano surgiu para me fazer entender que é inevitável tentar seguir em frente quando há uma história que nos faz olhar incessantemente para trás, e que não se pode começar um novo capítulo sem terminar o anterior. Até porque o mais difícil não é seguir em frente mas sim, não olhar para trás.

4 comentários:

  1. http://anacidade.blogspot.com/, este é o meu blog, passa por lá se e gostares segue, obrigada e desculpa o incomodo. (:

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  2. é mesmo, quando falamos libertamos tudo o que estava dentro de nós.

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  3. Oh, se assim é, força, deves precisar <3

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