(…) Nunca ouvi um pedido de desculpas vindo de ti e por isso, o que vivemos jamais voltou a ser o que havia sido. Quando uma ferida não pode ser curada de diferente forma, tem de se lhe dar tempo. O tempo cura tudo! Penso que hoje, existe apenas uma ferida em fase final de cicatrização, quase já não magoa mas está lá para me mostrar o que passei, para me dizer que não podemos evitar os nossos erros, nem remediá-los mas podemos aprender com eles!

Não me arrependo de minuto algum passado do teu lado. Se tivesse de repetir a história, repeti-la-ia vezes sem conta.

Quando voltaste, querias forçar a realidade ao passado. Mas o passado é passado, e a realidade é o hoje que aprendeu com o que foi sentido ontem.

“Fazes-me esquecer as coisas”. Estivemos menos de cinco minutos a falar sob o olhar atento de uma amiga e ela logo percebeu tudo o que estava a acontecer, ou melhor, tudo o que tinha acontecido. Talvez não fosse por ela me conhecer tão bem. Talvez fosse mesmo visível a nossa cumplicidade! Na verdade, eu nunca me relacionei com ninguém como me relacionei contigo: ninguém me abraça como tu me abraçavas, ninguém me faz sentir tão segura e feliz como tu me fizeste sentir. É inegável que existe um sentimento entre nós que é intenso e indefinível. Sim, existe! A história passou, mas o sentimento permanece e não me parece que algum dia irá arrefecer.

Tenho a certeza que me recordarei de ti continuamente com um gigantesco sorriso no rosto. Nunca me vou esquecer de ti, nunca vou esquecer os momentos que passamos lado a lado, nunca esquecerei a forma como me tratavas e a forma como me acarinhavas! Eras o meu porto seguro e não é um beijo, uma fuga e vários erros que farão com que eu me esqueça do olhar terno com que me recebias. Serei a tua “primeira amiga” desde que “aqui” chegaste porque isso nunca ninguém vai conseguir retirar de mim. Estarei sempre do teu lado e vás para onde fores, eu nunca vou abandonar as lembranças que te trazem até mim.